CAMETÁ DIZ NÃO! A VIOLÊNCIA SEXUAL
25/05/2012 às 17h38min - Atualizada em 26/05/2012 às 17h38min
Cáritas mobiliza sociedade cametaense no Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual
18 de Maio - passeata tenta conscientizar a sociedade
“Esse ano resolvemos fazer diferente. Ao invés de concentrar nossa ação apenas em escolas e em setores da sociedade que minimamente já tem um trabalho de esclarecimento, dessa vez resolvemos atuar onde há um grande foco violência”, comemorou a articuladora da Cáritas e do PIAJ na Prelazia de Cametá, Joênia Nunes, 30 anos.
Esse ano, cerca de 200 pessoas, incluindo alunos de quatro escolas e agentes comunitários foram às ruas cametaenses para fazerem um apitaço e panfletagem para alertarem a comunidade sobre o problema. Mas o principal êxito se percebeu na panfletagem em portos, feiras, bares, etc., locais onde mais há incidência de exploração sexual de crianças e adolescentes, a maioria meninas, filhas de famílias empobrecidas.
Segundo a assistente social Graça Savino, 43 anos, donos de hotéis, de bares e de portos que não denunciam a exploração sexual nos locais onde são responsáveis, acabam sendo coniventes com esse tipo de violência. “Tem acontecido muito mais casos de denúncias. Mas temos ainda um longo caminho a trilhar”, argumenta. Para ela, existe caso de abuso sexual em famílias mais abastadas, que muitas vezes são ocultados, e esse problema atinge todas as classes, necessitando de uma grande sensibilização de todas/os. Agora, em relação à exploração sexual, “você dificilmente vê uma criança de classe média se prostituindo por qualquer preço. Isso ocorre mais nas famílias mais humildes. E Cametá tem muitas ilhas e comunidades carentes”, pontuou.
Fez parte da atividade ainda um bate-papo na Delegacia de Polícia da Cidade e no Fórum Municipal, onde foi cobrado como anda o acompanhamento dos processos por parte da Polícia Civil e da justiça, respectivamente. Participaram da atividade o secretário da Cáritas N2, Lindomar Silva, e ir. Enriqueta, coordenadora da Comissão Justiça e Paz do Regional Norte 2.
Fonte: http://caritasnorte2.wordpress.com
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Abuso sexual é o 2º maior tipo de violência
Terça-Feira, 22/05/2012, 15:12:40 - Atualizado em 22/05/2012, 15:12:40
O abuso sexual é o segundo tipo de violência mais característica em crianças de até 9 anos, de acordo com pesquisa divulgada hoje (22) pelo Ministério da Saúde. O levantamento indica que esse tipo de agressão fica atrás apenas das notificações de negligência e abandono.
Em 2011, foram registrados 14.625 casos de violência doméstica, sexual, física e outras agressões contra menores de 10 anos – 35% do total, enquanto a negligência e o abandono responderam por 36% dos registros.
Os dados revelam ainda que a violência sexual também ocupa o segundo lugar na faixa etária de 10 a 14 anos, com 10,5% das notificações, ficando atrás apenas da violência física (13,3%). Na faixa de 15 a 19 anos, esse tipo de agressão ocupa o terceiro lugar, com 5,2%, atrás da violência física (28,3%) e da psicológica (7,6%).
Os números apontam também que 22% do total de casos (3.253) envolveram menores de 1 ano e 77% foram registrados na faixa etária de 1 a 9 anos.
A maior parte das agressões ocorreu na residência da criança (64,5%). Em relação ao meio utilizado para agressão, a força corporal/espancamento foi o mais apontado (22,2%), atingindo mais meninos (23%) do que meninas (21,6%). Em 45,6% dos casos, o provável autor da violência era do sexo masculino. A maior parte dos agressores é alguém do convívio muito próximo da criança e do adolescente: o pai, algum parente ou ainda amigos e vizinhos.
De acordo com o ministério, o sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva) possibilita conhecer a frequência e a gravidade das agressões e identificar casos de violência doméstica, sexual e outras formas (psicológica e negligência/abandono). Esse tipo de notificação se tornou obrigatória em todos os estabelecimentos de saúde do país no ano passado.
Os dados são coletados por meio da Ficha de Notificação/Investigação Individual de Violência Doméstica, Sexual e/ou Outras Violências, que é registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Qualquer caso, suspeito ou confirmado, deve ser notificado pelos profissionais de saúde. (Agência Brasil)
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